É complicado de entender. #10 - Dedicado a Luana :3

Pov Demi.

 Cara, que saco! Minha mãe todo sábado vem na igreja, mas nunca sismo em me trazer com ela, justo hoje que parece que o mundo vai cair ela me trás. Enquanto ela conversa com o povo lá na frente eu fico aqui trás sentada comendo meu chocolate do Wonka. 

– CADE OS CORISTAS? PRECISO DOS CORISTAS! ASSIM NÃO VAI TER CORAL! LUANA, LARGA ESSA KIT KAT E VENHA TOCAR ESSE VIOLÃO! - Minha linda mãe gritando, precisei tampar os ouvidos. – NINGUÉM ME OBEDECE! DEMETRIA! 

– OOOOOIII? - Levantei em um pulo quase derrubando tudo. E para meu azar a igreja estava em um completo silencio. - Oi, mãe? - baixei a voz.

– Pare de come isso e sente ao meu lado. Preciso de ajuda. 

– Nossa mãe, eu to com uma dor sabe, ai to com uma dor de barriga insuportável… - fui dando passos para trás até que esbarro em alguém. - Desculpa, desculpa, desculpa - Comecei a falar rápido e me virei e, ah não…

– Oi! - ele deu aquele sorriso maroto fofo. Meu coração foi a mil.

– JOE! - Gritei. 

– Em carne e osso - riu.

– O que faz aqui?

– JOSEPH! SÓ FALTAVA VOCÊ! VENHA, VENHA! - Minha mãe o puxou para o palco o deixando no meio dos coristas. Agora que eu não estou entendendo mas é nada.

– Vocês se conhecem? - Perguntei.

– Mas é claro! - Minha mãe me respondeu tirando meu Wonka. 

– Mãe - choraminguei e ela me puxou para o lado dela - devolve? 

– Depois. PESSOAL! Vou soltar a música. 

 Começou a tocar uma música com som de violino e minha mãe balança os braços igual uma louca e o povo do coral parecia cantar ou berrar de uma forma decente, não sei. Olhei para Joe e ele estava com os olhos bem pequenos com a folha próxima ao rosto tentando ler alguma coisas e eu apenas rir da cara dele e minha mãe me olhava com desaprovação. Dei de ombros e peguei meus doces de volta e voltei a comer. 

 O coral louco deu uma pausa e eu fui logo falar com o Joe. Claro.

– Eai corista. - Corista essa palavra existe?

– Eai gatinha do doce. – Piscou.

– Quer? - estendi minha mãe para ele que pegou um.

– Obrigada. Mas quem diria em, sua mãe é a nossa professora. Tenho que me lembrar de não pensar coisas malignas dela. – Falou mas pra si mesmo do que para mim.

– Nossa, isso é bem reconfortante. Imaginar você matando a minha mãe é uma coisa bem legal a ser dizer. - Falei sem graça.

– Desculpa, mas é que ela da uns gritos ardidos que nossa vey. Meu ouvido ficar pior do que no avião e olha que não é pouca coisa não em.

– Com o tempo você se acostuma com os gritos dela. Comigo mesmo ela grita direto, mas não ligo não.- Ele riu.

– Você se conhecem é? - Perguntou minha mãe aparecendo do meu lado.

– Sim, ele é da minha escola e os pais dele são amigos dos pais da Miley. - respondi rápido.

– Ah Miley, boa garota ela. Demetria, coloque a blusa está muito frio. 

– Mãe, não me chame de Demetria por favor. 

– Seu nome é Demetria e eu vou te chamar de Demetria. - suspirei - Vamos Joe, o ensaio já vai começar.

Pov Miley

 Enquanto o Nick estava na cozinha aproveitei para tirar a roupa molhada antes que eu ficasse mesmo doente. Abri seu guarda-roupa, era tudo arrumadinho certinho. Que gay isso. Revirei tudo ali e achei uma blusa comprida, vesti e ficou parecendo um vestido. Abri as portas de cima e tinha um monte de coisa, mas do ladinho tinha toalhas. Peguei uma e comecei a secar o cabelo, mas para meu azar comecei a sentir frio na perna e comecei a procurar uma calça. Achei uma calça de moletom preta e a vesti. Ficou bem larga mas dava pra ficar por um tempo, me  sentei na cama e vi alguem de reflexo me virei e era o Nick com bolachas e leite na mão me olhando de uma forma estranha. Me assustei na hora de imaginar como ele me viu.

– A quanto tempo está ai? - perguntei desconfiada.

– O tempo suficiente para ter provas que você é mesmo gostosa. - respondeu olhando para o chão, corei.

– Como? 

– Quer dizer… Er… Ham… Quer bolacha? - pareceu um pouco confuso e se sentou ao lado da minha cama e me entregou um copo de leite.

– Obrigada - sorri e ele ficou me encarando. - O que? Não gostou? 

– Gostei, gostei sim. Só que…

– Que…?

– Eu nunca imaginei isso, você aqui na minha casa, com a minha roupa, na minha cama… - corou um pouco e sorriu - é estranho.

– Se quiser eu posso ir embora. - Me levantei.

– Não, Não. - Me puxou pelo braço me fazendo quase sentar no seu colo. Como eu sou uma boa moça sentei ao seu lado, mesmo não querendo. – Ainda está chovendo muito e você pode ficar mesmo doente.

– Me livro da escola por alguns dias, fico em casa debaixo da coberta engordando… Por que não queria ficar doente? - Murmurei – E ainda por cima, me livro de ver aquela cara patética da Delta, a sua namoradinha.

– Ela não é minha namorada. - Tirou uma mecha do meu olho.

– Ainda não. - respondi com a boca cheia e ele riu e terminei de beber o leite e coloquei o copo no chão. 

– Tem ciúmes mocinha? - Segurou minha cintura e sentei sobre sua perna direita.

– Deveria ter ciúmes de você? - Troquei olhares entre sua boca e seus olhos.

– Eu teria ciúmes de você se outro cara te agarrasse… - Mordiscou minha orelha.

– Então ela te agarra é? - O olhei séria e segurei a risada pela a cara que ele fez.

– Não foi isso que eu quis dizer.

– Não foi é? – O fiz deitar sobre a cama e fui para cima dele, mas não encostei nele, fiquei de quatro com as pernas em cada lado do seu quadril.

– Não brinca com fogo se não você se queima… - Fechou os olhos.

– Gosto de fogos, entre tapas e beijos, açúcar e sal, água e fogo, terra e vento… Tudo no final vira uma mistura não é? A água pode apagar o fogo, mas o fogo pode ferver a água e assim vai… - Beijei sua bochecha.

– Óleo e água não se misturam. – Sussurrou.

– Por isso eu disse água e fogo, ambos não são mais fortes que o outro. - beijei a sua outra bochecha e depois dei um selinho nele.

 Ele levantou e me virou na cama ficando por cima de mim na mesma posição que eu estava antes com um sorriso bobo. Ele me beijou com paixão e eu aprontamento correspondi envolvendo meu braço em volta do seu pescoço acariciando seus cachos perfeitos e um pouco úmidos pela chuva ainda. Senti uma coisa estranha no meu corpo, um calor que eu não sabia como explicar ou como era, isso só me fazia beija-lo com mais urgência. Gemi em sua boca e ele encostou seu quadril no meu e abriu mais a boca deixando sua língua tocar nervosamente na minha. Enlacei minhas pernas em sua volta o deixando ainda mais grudado em mim, e aquele fogo estava me deixando louca, me arrepie dos pés a cabeça e alguma partes do meu corpo formigavam pelo prazer que o Nick me dava. Senti a falta de fôlego e pelo visto ele também já que parou de me beijar e começou a chupar meu pescoço, um gemido baixo saiu da minha boca e eu fechei os olhos e ouvi barulho, porta batente e gente conversando. O empurrei na hora.

– Nick! - ele me olhou assustado, provavelmente também ouviu o mesmo que eu.

– Acho que chegaram mais cedo do coral… - Bagunçou o cabelo nervoso. – E agora? Se o Joe te vê aqui, no meu quarto, na minha cama, com o pescoço roxo, toda descabelada, semi nua… 

– Não termina essa frase por favor. - Corei

– Ele vai me zuar pelo resto da vida!

– NICK FILHO JÁ CHEGAMOS! A DOR DE CABEÇA PASSOU? - A mãe dele gritava do outro comado. 

– Rápido, debaixo da cama! - Ele começou a pegar minhas roupas e jogou tudo debaixo da cama.

– Nem pensar, vai saber o que eu vou encontrar ai? Não to afim de ver revistas da playboy com resto de comida.

– Te garanto que isso só tem debaixo da cama do Joe. - falou rapido que eu quase não entendi.

– Vou pro banheiro. - Me levantei correndo e fui para o banheiro onde tranquei a porta e quando eu virei tinha uma boxer preta pendurada no negocio de toalha, fala sério.

– Filho, tem alguém aqui com você? - Ouvi a porta do quarto se abrir, era a mãe dele.

– Não mãe, eu estava escutando um pouco de música e no começo tem falas, deve ser por isso. - Respondeu um pouco enrolado.

– Mas eu jurava que…

– Deve ser efeito do coral mãe, melhor você tomar um remédio. 

– Você tem razão vou pedir pro Joe ir para mim na farmácia já que parou de chover. - O barulho da porta se fechando foi um alivio. 

– Miley, pode sair… - Ele sussurrou perto da porta. Peguei sua boxer com a ponta do dedo e abri a porta e fiquei girando. Ele apenas me olhou e pegou a boxer da minha mão e eu coloquei a mão na boca para não rir alto.

– Vou embora. - Sussurrei no seu ouvido e abaixei para pegar minhas roupas. - Vire-se.

– Como se eu já não tivesse te visto assim. 

– Como? - Perguntei corando.

– Como? - Fingiu de desentendido.

 Troquei de roupa rápido, mesmo a minha roupa ainda estando um pouco molhada não me importei, agora o que me importava era como eu ia sair dali. 

– E agora? - Perguntei e ele apontou para a janela. – Fala sério.

– Ou você prefere sair pela aquela porta - apontou para a porta do quarto - e encara a minha família e fazer eles entender de um jeito que eu sei que eles não vem entender?

 Aproximei da janela e a abri, garoava um pouco e foi ai que eu me lembrei do meu skate.

– Meu skate tá la na frente…

– Eu falo que eu peguei emprestado, como você vai embora? - Ele sorriu olhando bobo para mim.

– Ligo pro Abravannel e falo que… Sei lá, eu invento uma história. – Passei uma perna pela janela e baixei a cabeça para pode passar por completo. 

– Te ligo mais tarde, posso? - Perguntou olhando nos meus olhos.

– Pode… - Ai que meloso, até pra mim, mas não consigo evitar, ele é muito fofo. SHIU MILEY! SHIU! Ele se aproximou o começou a me dar vários selinhos - Tchau - Sussurrei assim que pulei na janela.

 Caminhei pelo quinta e andei umas duas quadras até chegar na frente de acho que uma padaria. Liguei pro Abravannel e passei o endereço da rua e falei onde exatamente eu estava, demorou cerca de vinte minutos para ele chegar. Ele perguntou o que eu fazia ali perdida e molhada, inventei uma história que eu sabia que ele não tinha caído mas ele não questionou e foi para casa.

 Entrei no meu quarto e um sorriso bobo se formou no meu rosto, Deus, será que estou apaixonada pelo Nick?

Pov Leticia ( Mãe da Miley )

 Corri pelo prédio pela terceira vez segurando um monte de revista do mês passado, hoje não era meu dia e quando é assim, ninguém chega perto de mim. Minha secretaria parecia tentar adivinhar o que eu queria antes mesmo de eu falar. Comandar uma revista não é fácil não, ainda mas sabendo que sua filha está na rua com um garoto e que tem gente que fica cuidado da vida dos outros ao invés de ir lava suas roupas intimas.

 As pessoas me ligam falando que viu minha filha, que isso, que aquilo e chega uma hora que você não agüenta mais essa pressão toda e sem querer, acaba explodindo. 

 Liguei várias vezes para o Billy e caia na caixa postal, e no celular da Miley também, eu não me importo que ela saia e se divirta com seus amigos, mas não posso permitir que ela saia sem falar para onde vai e com quem vai. Mesmo sendo liberal, preciso de regras. Liguei para a minha casa e Abravannel falou que tinha ido busca-la na casa de uma amiga. Fato que me deixou ainda mais curiosa já que me disseram que tinham visto ela com um menino. Ou podia ser uma menina com estilo de homem… Ai Deus, será que minha filha é amiga de uma menina lésbica? Não que eu tenha nada contra, inclusive meu sobrinho é gay. Mas ela podia tomar mais cuidado antes que falassem dela também. Ai dona Miley. 

 Não arrisquei ligar para o seu celular de novo e relaxei na cadeira.

– Precisa de alguma coisa Sra. Petruci? - Daniele, minha secretaria perguntou entrando na minha sala.

– Preciso de paz apenas isso. – Fechei os olhos.

– Algo em que eu possa ajuda-la?

– Você tem filhos? - Perguntei me sentando e olhando para ela.

– Ainda não, mas quero muito. - Respondeu com um sorriso enorme.

– Boa sorte quando você tiver um. - Sorri e ela sorriu de volta um pouco confusa. - Amanda, preciso que você vai no estúdio e traga a última peça que foi trazida na quinta feira, pergunta pra Lena que ela sabe qual é, e deixa no meu escrito para que segunda a primeira coisa que eu devo fazer e começar a montar o livro. 

- Sim senhora.

– Vou embora mais cedo, preciso conversar com a Miley e preciso passar no aeroporto, se ligarem e perguntarem por mim fala que só segunda e que eu estou de licença pelo resto da tarde por motivos pessoais.

 Arrumei minhas coisas, peguei minha bolsa e sai do prédio, entrei no meu carro e fui para o aeroporto. Billy estava fazendo teste com um mini avião mas parou para vim falar comigo. Ele disse que ia conversar com a Miley mais tarde, mas do jeito que é bunda mole e todo meloso com ela ia sobrar para mim descobrir quem era a pessoa que minha filha estava saindo e quem era a pessoa que tinha ligado em anônimo para a revista. Será que minha filha está namorando? Só me resta pergunta para uma das duas pessoas que sabe bastante sobre a Miley, Nick. Já que agora ele é meio que um guarda-costa dela.

Continua...

Huum.... Dona Tish sempre bem informada em rs. Bom espero que tenham gostado, e se você gostou você vai deixar um comentário e se ainda não segue o blog vc vai seguir tbm, só clicar ali do lado –>

 Gente, o que está acontecendo? Não estão gostando da história? Estou sentindo fala de algumas leitoras poxa ): se lerem, por favor comentem pq sem comentarios não tem como eu saber o que vocês estão achando e tals, então por favor comentem e divulguem! Beijos até logo